Companhia de Jesus é uma congregação religiosa
formada por jesuítas que foi fundada em 1534, na mesma época que estava
acontecendo a Reforma Católica (Contrarreforma).O
papel dos jesuítas, sem dúvida, foi importante para a construção do catolicismo
brasileiro. As suas práticas temporais, no início,tinham pouca atenção das
pessoas. Existiam os Colégios Jesuíticos, as fazendas de Ordem, etc.A
Companhia de Jesus prosperou sem perder o discurso do pioneirismo dos primeiros
tempos. Os funcionários de Deus trabalhavam orando, cultivando, contando e
ampliando a seara divina.Em
um certo tempo, os jesuítas estavam envolvidos aqui no Brasil com a produção de
açúcar. Eles adotaram práticas administrativas similares às dos senhores de
engenho. Com o passar do tempo, foi surgindo uma nova imagem da Companhia de
Jesus, que misturava fé, missionarismo, fortuna e poder. Os livros ou rol de
contas, elaborados pelos religiosos, registravam as transações das propriedades
com detalhes. Essas informações eram enviadas ao padre-procurador para uma
análise. A prestação de contas a cada safra e a inspeção das finanças eram
fundamentais para saber como estavam os recursos dos colégios e se as
propriedades estavam sendo bem administradas.O
padre-procurador, além de suprir as necessidades dos bens dos colégios e
residências do Brasil, era responsável por um exame dos relatórios e contas
enviadas pelos padres-administradores das propriedades. Por meio dessa
documentação, era possível verificar a totalidade das operações realizadas:
produção de pães-de-açucar, arroz, fumo, especiarias; quantidade de cabeças de
animais e de negros; os gastos com as doenças dos escravos, com os fretes dos
produtos que iam da colônia parta o reino e vice-versa. Ou seja, o
padre-procurador centralizava os papéis de todas as transações efetuadas. As
unidades produtivas procuravam ser auto-suficientes, atendendo as necessidades
dos estudantes, dos jesuítas e dos trabalhadores escravos e assalariados que
compunham a estrutura da Ordem.Os
jesuítas demonstraram que compartilhavam de práticas de um capitalismo
comercial, em que a tomada de decisão implicava correr riscos que deveriam ser
criteriosamente evitados. A fusão da imagem dos jesuítas com a dos senhores de
engenho não foi difícil de ser estabelecida.
Considerou-se
afinal que os direitos e privilégios conquistados pela Ordem comprometiam a
economia do Estado português, rompeu-se assim uma união de mais de dois séculos
entre os jesuítas e Coroa portuguesa, sempre marcada por uma relação de
interesses entre o poder temporal e o espiritual.Hoje,
os jesuítas de antigamente podem ser comparados com os missionários, pastores e
padres. Pois eles têm os mesmos objetivos dos jesuítas, que são, evangelizar as
pessoas para o cristianismo, tentar buscar mais de Deus, etc.
Como
método de evangelização, são utilizados, além de pregações, venda de livros,
como bíblias e devocionais, programas de televisão e de rádio, shows, palestras
em diversos locais, etc. Na maioria das vezes, o lucro recebido por eles é
utilizado para financiar a instituição/religião que a pratica. Essas possuem
empresas e funcionários que se assemelham muito ás práticas temporais.
Texto publicado por: Yasmin Raposo
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