Os magos da botica
As farmácias do
tempo colonial eram amplas como as de hoje em dia, tinham uma “caixa de botica” – arca de madeira portátil
onde se transportava remédios para as tropas, expedições e autoridades.
A “caixa de
botica” eram onde se vendiam as boticas. Ali mesmo os boticários preparavam as
suas “medicinas”. Os proprietários importavam para sortir as boticas, enquanto
as plantas medicinais existissem em grande abundância na colônia.
Diogo de Castro
contratado por Tomé de Souza foi o primeiro boticário da colônia, ele preparava porções medicamentosas e exercia
todas as atividades ligadas á saúde.
Ao contrário da metrópole, nas menores cidades
o trabalho do boticário era muito valorizado.
Esses
boticários ou farmacêuticos eram cristãos novos, filhos de portugueses e
castelhanos, sendo filhos na sua grande maioria do que antigamente chamavam de
artesãos ( tendo em vista que aqui ainda
não se vivia a era industrial)
Esses
farmacêuticos também vendiam plantas medicinais, preparados elixires.
Como eram bem
sucedidos, logo foram alvos da inveja do restante da população.
Apesar da
colônia ser rica em ervas, os mesmos preferiam importar as ervas da metrópole.
Como a colônia
era rica em ervas e os boticários preferiam compra-las na metrópole, encarecendo
os remédios, o conde de Resende acusou-os de má-fé.
Também fazia
parte do métier dos
boticários a responsabilidade pela
tarefa de “meter a bordo” os medicamentos necessários na colonia.
José de Abreu
Cordeiro, solicitou ao rei sua nomeação
para o cargo de boticário real. Para merecer este cargo, os boticários não descuidavam
de mostrar-se ás autoridades aptos para tal tarefa, argumentando que suas
famarcias eram bem sortidas e abasteciam bem as cidades das capitanias, pois
essas capitanias abasteciam outras, fornecendo boticas portáveis e para
socorros em epidemias.
Nas populações
rurais e nas vilas mais afastadas, as boticas não faziam muito sucesso. Os remédios da botica tinha sabor diferente
dos remédios caseiros, a que as pessoas estavam acostumadas, o que dificultava
seu uso.
Eles preparavam
remédios denominados “medicamentos de segredo”, cuja fórmula mantinham em
segredo e deles faziam vasta propaganda, embora muitos outros farmacêuticos
copiassem os nomes dados para se utilizarem da fama, mesmo que a formula fosse
diferente.
Muitos
preparados fizeram sucesso, dentre eles vários criados pelos jesuítas, que além
da fórmula, atribuíam seu poder curativo á aspectos religiosos e mágicos.
No final do
século XVIII, ouve muito esforço das autoridades para se normatizar as práticas
de cura .
Hoje por sua
vez, as farmácias são amplas ou mesmo pequenas e compactas, climatizadas,
arejadas,.Não expõem mais frascos de
experimentos. Não se vende mais de porta em porta e hoje se tem conhecimento de
qual ativo compõe a medicação. Todos os medicamentos têm que ter registro e
licença para serem comercializados.
Texto feito por: Catarina Paiva
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